GORDINHA PODE TUDO, SIM, MAS COM BOM SENSO



De acordo com a consultora de moda e imagem Érica Minchin, todo mundo pode e não pode tudo.

Blogueira Sakina, do blog Saks in the city


Tem que ter bom senso. "Na consultoria, usamos algumas recomendações específicas para cada tipo de corpo, mas o importante é que a pessoa se sinta confortável sem ‘invadir’, de certa forma, o espaço do outro".
"Para as gordinhas, eu não recomendaria, por exemplo, peças muito curtas, ou muito decotadas que expusessem áreas complicadas do corpo, como a barriga. Mas também não recomendo que se cubram demais, já que quem está acima do peso tem o péssimo costume de usar peças ultra-largas achando que vão "esconder" algo. Na verdade, ao fazer isso, os quilos extras são multiplicados, já que o corpo vira um bloco sem forma definida", ensina.

Apesar de defender que as gordinhas podem tudo, a consultora afirma que investir em estampas corridas (como um vestido todo estampado, ao invés de uma saia estampada com uma blusa lisa) proporcionais ao tamanho - nem muito maior, nem muito menor. Isso porque usar duas peças de cores contrastantes (lisa + estampa) divide o corpo em blocos, o que faz com que o olhar do interlocutor corra na horizontal, achatando e alargando a silhueta, enquanto uma roupa inteira (um vestido estampado, por exemplo), o olhar corre na vertical, alongando e afinando.

Abusar das cores, em especial nos acessórios que ficam perto do rosto, chamando a atenção para essa região e, consequentemente, alongam o colo. Uma proposta atual e que fica bem interessante para quem está acima do peso são as peças com recortes laterais em cores mais escuras, que afinam o corpo. "Como disse anteriormente, todo mundo pode usar tudo, desde que tenha cuidado para não marcar, nem expor, áreas que não gostaria".

Se você é louca para usar as saias longas, hit da temporada, mas acha que é terminantemente proibido por estar uns quilinhos a mais, Minchin derruba o mito e explica: "a saia longa afina o corpo, mas o importante é escolher um modelo que caia com fluidez. Elásticos na cintura, bem como os tecidos plissados, tendem a criar volume na região, por isso são pouco recomendados. Evitar contraste entre a saia e a blusa também ajuda a manter a sensação de continuidade, ao invés de dividir o corpo em blocos - o que alargaria e achataria".

Para as meninas que acreditam que roupa preta é uniforme para quem está fora de forma, se a peça não for muito transparente, a cor não é um tabu, o modelo da peça conta muito mais. "É o que eu sempre pergunto: o que é melhor? Uma saia balonê preta ou uma saia reta branca? Não adianta usar uma cor escura se o modelo for cheio de detalhes e volumes, mas adianta usar um modelo que caia bem no corpo e que tenha recortes verticais e outros artifícios que afinem o corpo se a cor for clara. Basta lembrar do vestido que Octavia Spencer (foto abaixo) usou no Oscar - claro, com brilhos, mas ainda assim favoreceu o físico dela e a deixou mais elegante do que em outros modelos escuros que usou em outras premiações", lembra a especialista.

Octavia Spencer - Foto/Just Jared


Segundo Minchin, o ‘definitivamente proibido para as gordinhas’ não existe. "Eu defendo o ‘definitivamente confortável’, não só em termos de mobilidade, mas em termos de se sentir realmente bonita. A roupa te veste, não o contrário", diz a consultora que mostra que é possível ousar sem perder a linha, sim e dá alguns exemplos: "Beth Ditto frequentemente usa peças que não seriam aconselháveis para o tipo físico dela - como o bandage - e as usa super bem. A blogueira Sakina, do Saks in the city também vive postando fotos com peças ‘perigosas’, mas que ela sabe adaptar ao seu corpo e necessidades".

Então, sabe aquela roupa que você nunca usou por medo de errar a mão? Chegou a hora de resgatá-la do fundo do baú e desfilar toda linda e poderosa por aí!

Por Paula Perdiz

Do Terra


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